O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum)
O manual sombrio da Inquisição contra a magia e o feminino
Publicado no fim do século XV por dois inquisidores dominicanos — Heinrich Kramer e James Sprenger — Malleus Maleficarum se tornou o mais influente tratado sobre bruxaria da Europa medieval. Conhecido como “O Martelo das Feiticeiras”, o livro é tanto um manual inquisitorial quanto um símbolo do terror religioso institucionalizado, marcando o início do período mais brutal de perseguição às mulheres acusadas de feitiçaria.
Dividido em três partes, a obra apresenta:
A “prova” teológica de que a bruxaria existe, é real e herética;
A descrição das práticas atribuídas às bruxas, como pactos com o Diabo, voo noturno, malefícios e infanticídio;
Procedimentos para investigação, tortura, julgamento e condenação das acusadas — quase sempre mulheres marginalizadas.
Apesar de sua roupagem teológica, o livro revela profundos preconceitos misóginos, tratando a mulher como “mais inclinada ao pecado” e, portanto, mais propensa à bruxaria.
Durante séculos, O Martelo das Feiticeiras foi usado como base legal e doutrinária para a caça às bruxas, legitimando milhares de prisões, torturas e execuções por toda a Europa.
Mais do que um livro, é um espelho sombrio da intolerância e do medo travestido de fé.
Estudar essa obra hoje é um exercício crítico de memória e resistência.
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